quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Caos aéreo: ruim para todos - e também para seu animal de estimação, seja cão ou gato

Animais também são transportados em avião e, com tudo isso que estamos passando em aeroportos do Brasil inteiro, fica a dúvida: levar ou não levar seu pet? Até que ponto isso tudo pode causar danos à saúde deles? E se for necessário transportar esses animais?

Toda viagem de avião é um pouco estressante para os animais, mas muitas vezes é necessária seja para fazer companhia para o dono, para mudar de cidade, estado ou país, ou até para comércio de filhotes (existem criadores conceituados que vendem filhotes para o Brasil inteiro e que o fazem com muita preocupação e qualidade para com o animalzinho).

Enfim, vamos por partes:

Documentação: é necessário vacinação anti-rábica em dia, atestado de sanidade emitido por um Médico Veterinário e guia de transporte animal (autorização) emitido, hoje em dia, no próprio aeroporto pelo Ministério da Agricultura.

Preparação do animal: é necessário um jejum prévio e sedação. O animal viaja dentro de uma caixa de transporte apropriada para cães e gatos, com tamanho adequado, normalmente forrada com tapete higiênico para absorver urina. As regras variam um pouco de acordo com a empresa aérea.

Cães e gatos bem pequenos podem ir junto com o proprietário, mas dentro da caixa de transporte. Em algumas companhias aéreas, há um limite de até um animal entre a tripulação. Ou seja: se a vaga de um outro animalzinho já estiver reservada no seu vôo, o seu deverá viajar junto à carga (e aos animais maiores).

Na minha opinião, é bom evitar viagens de avião com animais enquanto persistir toda essa confusão nos aeroportos (e enquanto as autoridades não resolverem o problema!). Não que isso traga danos graves à saúde deles, mas os longos atrasos dos vôos podem causar estresse ao animais – que na verdade não sabem o que está acontecendo (sentem-se um pouco abandonados).

E, para finalizar, sugiro que quando for necessária a viagem, deve-se seguir corretamente as normas e providenciar o melhor bem estar para seus bichinhos, como por exemplo, ambientes ventilados e companhia até a hora que vocês puderem ficar juntos antes do embarque.


terça-feira, 28 de agosto de 2007

Agosto: mês do “cachorro louco”. “Cachorro louco”?

Aproveitando que está acabando o mês de agosto, que é conhecido como “mês do cachorro louco”, gostaria de tentar esclarecer algumas dúvidas. Cachorro louco quer dizer cachorro com Raiva, que é uma doença causada por um vírus da família Rhabdoviridae, que atinge o sistema nervoso central (SNC) causando vários sintomas neurológicos como: nervosismo, ansiedade (por exemplo, quando o animal começa a morder as grades do canil), agressividade, salivação excessiva, incoordenação, convulsões e paralisia. O quadro pode evoluir para o óbito – normalmente os cães e gatos com infecção clínica morrem 7-10 dias depois do início dos sinais clínicos.

A doença ocorre em todos os mamíferos, incluindo cães, gatos e humanos. A transmissão é através da saliva, que contém várias partículas virais transmitidas por meio de contato com mucosas e com ferimentos (geralmente a mordida de um animal raivoso).

Não existe tratamento para a Raiva: uma vez que o diagnóstico seja confirmado, a eutanásia do animal é indicada. Por isso a prevenção é tão importante.

Na realidade, o mês de agosto é tão conhecido por causa das campanhas de vacinação contra Raiva em cães e gatos, que é o único meio preventivo da doença. As campanhas são realizadas pelas prefeituras, com muita divulgação principalmente nas grandes cidades, o que nos traz quase a erradicação desta doença tão temida por ser uma zoonose.

Os cães e gatos iniciam a vacinação contra Raiva entre os três e seis meses de idade. Depois disso, a vacinação deve ser feita anualmente.

Espero que tenha ajudado a esclarecer algumas dúvidas sobre a Raiva. Lembrem-se sempre de vacinar seu cão ou gato todo ano em campanhas públicas ou em clínica particular que também oferece as demais vacinas necessárias para seu animalzinho.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Saiba alguns cuidados que devemos ter com os filhotes de cães e gatos...

Quem não acha lindo, por exemplo, ver um filhotinho no colo de uma atriz famosa tanto na televisão quanto em uma revista de celebridades? Enfim, lindo é, mas não podemos nos esquecer que por trás de tudo isso, um filhote também dá trabalho e requer alguns cuidados especiais.

Os filhotes, em geral, aprendem as regras da casa com certa facilidade, desde que tenha alguém que imponha essas regras a partir dos primeiros dias no novo lar.

Todo filhote dorme muito, mas quando está acordado é sempre muito ativo, não parando quase um instante; daí é hora de tentarmos entretê-lo com bolinhas, brinquedos e ossinhos, tanto para queimar toda essa energia como para impedir que destrua objetos da casa buscando alguma atividade. Os cães preferem ossos, brinquedos de morder e bolinhas, já os gatos se distraem mais com bolinhas bem leves que tenham barulho dentro, brinquedos apropriados e arranhadores.
Em relação às necessidades fisiológicas, restrinja o animal próximo ao local de fazer xixi ou côcô (para cães utiliza-se jornal ou tapete higiênico, e para gatos a bandeja higiênica com areia apropriada dentro), e aos poucos, conforme ele vai acertando o local, vá liberando o restante da casa; mas nada de mudar o local escolhido, pois o animalzinho acaba se confundindo e só atrasa o aprendizado.

A alimentação deve ser apenas com ração para filhotes (gato ou cão), normalmente, até um ano de idade, variando um pouco conforme a raça. Água a vontade, e a ração no início quatro vezes ao dia, diminuindo conforme o passar dos meses, chegando a duas vezes ao dia por vota dos 6-7 meses de idade. Os petiscos apropriados para filhotes de cães ou gatos, como biscoitos ou bifinhos, podem ser oferecidos, mas sem exagero, apenas como um agrado, o que pode ajudar até nos aprendizados em casa.

Banhos podem ser feitos em casa, mas em um dia quente e com água morna, usando shampoo apropriado, enxaguando, e secando bem com toalha e secador morno. Cuidado com os olhos e ouvidos para não entrar água ou shampoo.

O animalzinho só estará liberado para sair na rua e ter uma “vida normal” após os quatro meses de idade, onde o esquema de vacinação de filhote, que se inicia a partir dos 45 dias de vida e vai até próximo aos 4 meses de vida, estará completo. Caso contrário, nada de freqüentar outros ambientes ou ter contato com outros animais não sejam da casa e não estejam vacinados corretamente. E nesse período também deve ser feita a vermifugação, sempre orientada por um Veterinário.

E por fim, lembrem-se sempre dessa frase: nunca deixe um filhote fazer algo que não poderá fazer quando adulto. A educação começa cedo e em casa, impondo bem as regras. Não bata, mas sim seja firme principalmente na voz, e nunca esquecer de agradar-lo quando agir corretamente.

Boa sorte para todos, e não se assustem: é muito gostoso ter um filhote em casa; apenas é preciso muita calma, tranqüilidade e pulso firme, para que depois só venha muita alegria, divertimento, companhia e muito carinho.

Vacinas para gatos utilizadas no Brasil

Assim como nos cães, devemos utilizar as vacinas éticas, que só podem ser comercializadas por um Veterinário, onde este faz um exame clínico completo no animal, que deve se apresentar saudável para a aplicação das mesmas.
  • Anti-rábica: Vacina contra Raiva.
  • Tríplice felina: Vacina contra Panleucopenia, Rinotraqueíte e Calicevirose.
  • Quádrupla felina: Vacina contra Panleucopenia, Rinitraqueíte, Calicevirose e Chlamydia psittaci felina.
  • Quíntupla felina: Vacina contra Panleucopenia, Rinotraqueíte, Calicevirose, Chlamydia psittaci felina e Leucemia felina.

Utiliza-se sempre uma das três + Anti-rábica anualmente. Eu, particularmente, utilizo em meus pacientes a Quádrupla felina + anti-rábica; deixo a Quíntupla para aplicar em gatos que têm um certo risco de contato próximo com gatos de rua não vacinados que podem estar infectados com o vírus da Leucemia felina.

sábado, 18 de agosto de 2007

Vacinas para cães utilizadas no Brasil

Vou citar as vacinas éticas, que são aquelas comercializadas apenas por Veterinário, que faz um exame clínico, e se o animal estiver saudável, a vacina é aplicada, garantindo a prevenção contra as principais doenças infecto-contagiosas.


-V8: Vacina contra Cinomose, Hepatite, Adenovírus tipo 2, Parainfluenza, Parvovirose, Coronavirose e 2 sorotipos de Leptospirose.
-V10: Vacina contra Cinomose, Hepatite, Adenovírus tipo 2, Parainfluenza, Parvovirose, Coronavirose e 4 sorotipos de Leptospirose.
-Anti-rábica: Vacina contra Raiva, que é uma zoonose de grande importância em saúde pública.
-Pneumodog e Bronchi-Shield: Vacina contra Traqueobronquite Infecciosa Canina, mais conhecida como "tosse dos canis", ou também chamada popularmente de gripe canina.
-Giardivax: Vacina contra Giardíase, que também é uma zoonose.