quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Castrar ou não castrar?

A castração pode ser feita tanto em machos como em fêmeas de cães e gatos. Nas fêmeas é chamada de ovariosalpingohisterectomia (retirada cirúrgica do útero, ovários e trompas), já nos machos é chamada de orquiectomia (retirada cirúrgica dos dois testículos).

Nos Estados Unidos, por exemplo, a maioria dos animais para companhia são castrados antes dos 5 meses de idade (época recomendada pelos Veterinários se a castração for desejada pelos proprietários) e alguns criadores renomados chegam a vender cães e gatos para companhia já castrados (com o intuito de que não ocorra acasalamentos errôneos onde a raça pode ser desviada do seu padrão).

No Brasil ainda há certo receio em relação à castração, por isso vou citar algumas vantagens e desvantagens relacionadas à castração de cães e gatos:

Vantagens

- Fêmeas castradas antes do primeiro cio reduzem a chance do aparecimento do câncer de mama em aproximadamente 98%. Entre o primeiro e segundo cio essa porcentagem cai para aproximadamente 50%. E depois do segundo cio essa porcentagem é bem baixa (quase que não altera o quadro).
- A castração não é uma mutilação como se diz. A recuperação (pós operatório) é rápida e não é necessário repor hormônio como ocorre com a mulher.O comportamento do animal também não muda.
- As fêmeas não entram mais no cio, o que evita a incômoda “sujeira” principalmente quando o animal vive dentro de casa.
- As cadelas não terão mais útero, e consequentemente não apresentarão piometra, que é uma infecção do órgão comum em fêmeas de idade avançada.
- Os machos perdem o interesse por fêmeas no cio evitando incidentes e aquela agitação capaz de deixar o animal sem comer e dormir, latindo e uivando à noite toda.
- Evita o aumento de próstata nos cães machos, que é comum ocorrer com a idade mais avançada.
- Evita o aumento do número de cães de rua (por isso a prefeitura faz mutirões de castração).
- Gatos castrados ficam mais dentro de casa, evitando também brigas na rua, principalmente quando têm fêmeas no cio na redondeza. Ou até evita que sua gata fique prenha de repente por causa de uma voltinha pelas ruas do bairro!

Desvantagens

- Animais castrados mais velhos (na idade adulta) tendem a ganhar peso podendo se tornar obesos. Muitas vezes é necessária uma dieta com baixas calorias.
- Não tem reversão. Animais castrados nunca mais poderão procriar.
.
Devemos pensar bem o que queremos com nossos animais, antes de tomar alguma decisão em relação a estes procedimentos. Sou a favor da castração para animais de companhia. Já para os que querem procriar, também acho importante para a cadela (afinal “é a natureza falando mais alto”), mas vale lembrar que deve ter um destino certo para os filhotes, que devem ter um dono que se responsabilize por eles. Minha grande preocupação está com os acasalamentos entre cães fora dos padrões da raça, podendo gerar cães com algumas doenças congênitas e/ou cães com desvio de comportamento.
Vale lembrar que as cirurgias de castração devem ser realizadas somente por Médicos Veterinários qualificados para o procedimento, que vão fazê-las com uma anestesia adequada para cada animal, preocupando-se com todos os pontos de assepsia, sempre prezando saúde e bem estar animal. E lógico, como é um procedimento cirúrgico, devemos zelar por um pós-operatório correto.

Espero que tenha ajudado em algumas dúvidas comuns entre donos de animais de estimação. Qualquer dúvida é só perguntar! Espero poder sempre ajudar!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Carrapatos – eles podem transmitir doenças para seu cão

É comum escutarmos mitos e verdades sobre os carrapatos. Por isso, vou tentar desvendar alguns mistérios sobre esse “bichinho” tão pequeno e assustador.

Os carrapatos podem transmitir para os cães duas doenças que ocorrem no Brasil, a Erlichiose e a Babesiose, conhecidas popularmente como “doença do carrapato”. Ambas são transmitidas por carrapatos da família Rhipicephalus sanguineus (carrapato bem pequeno e avermelhado), desde que ele esteja contaminado com os protozoários causadores das doenças – os parasitas intracelulares denominados hemoparasitas. Esses parasitas recebem esse nome já que habitam principalmente as células vermelhas (eritrócitos) e plaquetas do hospedeiro. Ou seja: os carrapatos são apenas vetores da doença.

Na babesiose são afetadas apenas as células vermelhas, diferente da erlichiose que afeta principalmente as plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue).

Os sinais clínicos mais comuns são apatia, anorexia, picos de febre, icterícia, secreção mucopurulenta em narinas, sangramento em pontas de orelhas (por isso a doença era chamada antigamente pelos indígenas de Nambi–Uvú, que na linguagem Tupi significa orelha que sangra), vômito e diarréia escura.

O diagnóstico é firmado com hemograma e pesquisa de hematozoários no sangue. E o tratamento é feito com medicações que matam esses parasitas, com antibióticos específicos, e com tratamento suporte caso necessário (fluidoterapia, complexos vitamínicos, protetores gástricos etc.).

Cães de grande porte ficam mais debilitados do que os menores. Quando a doença é diagnosticada no início, a resposta ao tratamento costuma ser boa – já cães em um estágio mais tardio da doença, gravemente afetados, podem vir a óbito.

Prevenir continua sendo o melhor remédio e a prevenção, nesse caso, é feita com o uso de produtos anti-carrapatos/carrapaticidas utilizados no próprio animal e no ambiente em que ele vive.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ninhada de Pug

Estou vendendo filhotes de cães da raça Pug com pedigree (a criadora é minha cliente e tem ótima procedência em relação a seus cães). Eles nasceram dia 03/09/07, portanto ainda estão em fase de amamentação. Devem ser entregues a partir do final de outubro, já vermifugados e com a primeira dose de vacina.

Valor dos filhotes:

Macho - R$ 1.300,00

Fêmea - R$ 1.600,00

Qualquer dúvida ou interesse estou à disposição nos seguintes contatos:

- no próprio blog
O Pug é um cão de pequeno porte muito alegre, inteligente, dócil e companheiro, muito indicado para quem tem crianças e/ou reside em moradias com pouco espaço ou apartamentos.
Seu pêlo é curto e necessita de poucos cuidados.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Sarna: saiba como prevenir e tratar

A escabiose canina, também conhecida como Sarna Sarcóptica, é uma doença de pele (dematopatia) muito temida. Trata-se de uma zoonose, que pode ser transmitida, além do ser humano, para outros animais. A escabiose canina tem como causa um ácaro chamado Sarcoptes escabiei, transmitido por contato direto.

Os sinais clínicos são lesões crostosas e eritematosas (avermelhadas) localizadas primeiramente em pontas das orelhas, cotovelos e membros posteriores, que sempre estão acompanhadas de escoriações decorrentes do prurido (coceira) - o sintoma mais característico da doença. A Escabiose é a doença de pele que mais causa coceira dentre as pruriginosas (normalmente o animal pára de comer e de brincar para se coçar).

O diagnóstico é firmado através de um raspado de pele profundo em que o material coletado é colocado entre lâminas e observado no microscópio.

O tratamento é feito com base na erradicação dos ácaros. Pode ser tópico, com banhos e produtos apropriados, ou sistêmico, também com medicações apropriadas - contra-indicadas em algumas raças de cães, como por exemplo, Collie e Pastor de Shetland. O animal responde rápido ao tratamento, que na maioria dos casos se realiza com sucesso.

Quanto ao ser humano, a Escabiose, quando adquirida, não se prolifera, ficando localizada em alguns pontos como dobra dos braços, na barriga e, na mulher, sob os seios, manifestando-se com várias lesões bem pequenas e avermelhadas. O prurido também é muito intenso nestes locais, principalmente ao dormir, quando normalmente cobrimos o corpo com lençóis ou cobertores deixando os locais acometidos mais quentes e abafados. O tratamento em seres humanos deve ser orientado por um Médico Dermatologista, que deve ser avisado sobre o contato com animal suspeito de escabiose. Assim, o melhor tratamento pode ser mais facilmente prescrito pelo profissional.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Dia do Veterinário: dia de fazer uma homenagem!

Dia 9 de setembro, comemorado ontem, é dia do Médico Veterinário. Aproveitando, gostaria de parabenizar todos os meus colegas de profissão por esta data que valoriza a importância e o reconhecimento de um profissional às vezes um pouco desvalorizado por alguns. (ou “...de um profissional que costuma encontrar tantas dificuldades no mercado de trabalho”)

O Veterinário sabe que um animal é uma vida, um organismo que funciona como o corpo humano (muitas vezes até mais complexo, dependendo da espécie). Eles não falam o que estão sentindo, onde dói, o que precisam - e aqui está a função do Médico Veterinário que, por exemplo com a experiência do clínico, consegue “desvendar alguns mistérios” no dia-a-dia de uma clínica.

O Veterinário tem uma gama de áreas de atuação, em todas elas sempre zelando com muito respeito e dignidade pela saúde e bem estar animal. As “especialidades” podem ser por classe, espécie, especificidades dentro de uma determinada espécie, grandes ou pequenos animais, ou até outros setores que envolvem, direta ou indiretamente, várias espécies.

O profissional Veterinário pode fazer clínica e/ou cirurgia (cães e gatos, somente gatos, eqüinos, aves, roedores, caprinos, animais selvagens – zoológico etc.), trabalhar com vigilância sanitária ou outros cargos relacionados com saúde pública (por exemplo em prefeituras, como é o caso do personagem “Lineu”, de “A grande Família”), atuar em frigoríficos, matadouros comerciais e supermercados (no último caso, na inspeção de produtos de origem animal). Indo além, o Veterinário pode dar aula (no curso de veterinária e em outros da área de saúde), conduzir pesquisas acadêmicas públicas ou em empresas privadas e trabalhar na fabricação de rações e medicamentos para animais.

Deixo registrada a homenagem e os agradecimentos em nome dos próprios animais, dos proprietários e daqueles que gostam de bichos. E como li há algum tempo (não lembro aonde, mas foi em um material também de homenagem ao 9 de setembro): “Morro de medo, fico assustado e até bravo, mas você continua sendo meu grande herói”, dizia o cachorro.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Nossos cães verde-amarelo!

Aproveitando a semana da pátria, gostaria de divulgar as duas únicas raças de cães brasileiras reconhecidas oficialmente pelas entidades de cinofilia responsáveis (CBKC – confederação brasileira de cinofilia e FCI – federação internacional de cinofilia): o Fila Brasileiro (o mais antigo a obter status de raça internacional) e o Terrier Brasileiro (conhecido anteriormente como Fox Paulistinha e conquistou reconhecimento mais recentemente).

Seguem algumas características físicas e de temperamento destas duas raças para que vocês as conheçam um pouco melhor:

Fila Brasileiro

É um cão de porte gigante (machos devem ter 65 a 75cm de altura, pesando no mínimo 50kg e as fêmeas 60 a 70 cm de altura pesando no mínimo 40 kg), tendo poderosa ossatura, figura retangular e compacta, harmoniosa e proporcional. Apresenta, aliada a uma massa muscular, grande agilidade concentrada e facilmente perceptível. Tem expressão calma (em repouso), nobre e segura. Em atenção, sua expressão é de determinação, refletida num olhar firme e penetrante.
Quanto ao temperamento e comportamento, o Fila é dotado de coragem, determinação e valentia notáveis. Com seus donos, é dócil, obediente e extremamente tolerante com as crianças. É proverbial sua fidelidade, procurando com insistência a companhia dos donos. Caracteriza-se pela aversão a estranhos. De comportamento sereno, revelando segurança e confiança própria, absorve perfeitamente ambientes e ruídos estranhos. É fiel à guarda da propriedade, dedicando-se, também, e, por instinto, às lidas de gado e à caça de animais de grande porte.

A pelagem é formada de pêlo baixo, macio, espesso e bem assentado. Já a pele representa uma das características rácicas mais importantes: é grossa, solta em todo o corpo, principalmente no pescoço, onde se formam pronunciadas barbelas, estendendo-se, em muitos casos, pelo peito e abdome. Alguns exemplares apresentam uma dobra nas faces laterais da cabeça e, também, na cernelha, descendo até o ombro. Com o cão em repouso, a cabeça não apresenta rugas; quando excitado, na contração para erguer as orelhas, a pele do crânio forma, entre elas, pequenas rugas longitudinais.

As cores branco, cinza rato, malhado, manchetado, preto e canela, e azul não são permitidas. São permitidas todas as cores sólidas, tigradas de fundo nas cores sólidas, com rajas de pouca intensidade até os fortemente rajados, podendo ou não apresentar máscara preta. Em todas as cores permitidas, admitem-se marcações brancas nos pés, peito e ponta da cauda. Indesejáveis as manchas brancas no restante da pelagem.

Terrier Brasileiro

O antigo Fox Paulistinha é um cão de médio porte (devem pesar no máximo 10kg – machos devem ter 35 a 40cm de altura, e as fêmeas 33 a 38 cm), esbelto, bem equilibrado, com aparência firme, mas não muito pesada, corpo de aparência quadrada com que o diferencia do retilíneo Fox Terrier de pêlo liso. É incansável, amigável e gentil com amigos, mas desconfiado com estranhos.

A pele é bem ajustada, com pêlo curto, liso, fino sem ser macio, bem assentado à pele, tipo pêlo de rato. Não se pode ver a pele através do pêlo. Mais fino na cabeça, orelhas, na parte inferior do pescoço, nas partes internas e inferiores dos membros e face posterior das coxas.

Tem que ter a cor do fundo predominantemente branca com marcações pretas, azuis ou marrons; as seguintes marcações típicas e características devem estar sempre presentes: castanho acima dos olhos, em ambos os lados do focinho e na face interna e nas bordas das orelhas. Essas marcações podem se estender por outras regiões do corpo como transição entre o branco e o preto. A cabeça deve sempre apresentar marcações em preto, azul ou marrom na região frontal e orelhas; são admitidas faixas ou marcas brancas preferivelmente no sulco frontal e nas laterais do focinho, distribuídas o mais harmoniosamente possível.

Obs. A altura, nos cães, é medida do chão até a cernelha, que é a região em que acaba o pescoço e inicia-se o tronco (mais ou menos entre os dois ombros).

É uma pena que esses dois cães estão perdendo a popularidade por causa de outras raças que estão na moda; como clínico, quase não atendo essas raças (principalmente o Fila), e quando aparecem são cães totalmente fora do padrão da raça. Tenho a impressão de que o Terrier Brasileiro está começando a conquistar curiosidades novamente; acho uma raça fantástica para companhia, além de ser muito fácil de criar (é conhecido por muitos como "cão sorriso", pois quando está contente, faz um movimento com os lábios, mostrando os dentes, que se manifesta como um sorriso). Mas por um lado ambos têm seus admiradores, que não os trocam por nenhum outro cão, como é o caso de uma cliente minha já de idade, que já teve mais de cinco Terrier Brasileiro (um de cada vez). A popularidade às vezes reflete em má qualidade do plantel nacional, e com a grande demanda, vão aparecendo vários dos chamados “comerciantes de cachorros”, que fazem os cruzamentos totalmente errôneos.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Doação de cães

Aproveito o espaço do blog para divulgar um comunicado que recebi de uma amiga sobre doação de 50 cães de raça de uma criadora que faliu. Pode ser uma boa opção para quem já estava pensando em adotar um cãozinho (mesmo adulto) ou para quem quiser ajudar. Os cães estão todos alojados emergencialmente em um casa - a maioria em caixas de transporte por falta de espaço.
Veja as raças:
* Cocker Americano (cores: preto, preto e branco, dourado, preto e canela) - 47 ao todo (idade de 1 a 8 anos)
* Chow-Chow - uma fêmea, dourada, 3 anos
* Pastor suíço, branco, macho, 3 anos
* Colie - fêmea, 3 anos
Os contatos para adoção são: 11-4241-5502, 9959-1609 com Cibele ou 4704-6335 com Lígia. Os animais estão em Caucáia do Alto, próximo à Cotia e Embu das Artes. Peço a todos os leitores de blog que ajudem a divulgar a doação.

Diga não aos maus tratos de animais!

Aproveitando o tema do Globo Repórter de sexta-feira passada, 31 de agosto, gostaria de relatar a minha indignação com os maus tratos aos animais de diversos tamanhos e variadas espécies - desde filhotes de pássaros apreendidos no tráfico (mercado negro) até animais de grande porte como elefantes, leões e ursos que infelizmente residem em jaulas de circo ou, ilegalmente, em residências em meio urbano.

Determinadas histórias sobre maus tratos a animais são tão chocantes que parecem até exageradas. Mas, infelizmente, essa é a nossa realidade – e o programa da Globo a apresentou muito bem. Os dados são assustadores: 70% dos pássaros transportados pelo mercado negro morrem antes de chegar ao destino final. Muitos deles estão em vias de extinção.

Além dos cães, gatos, aves, répteis e roedores abandonados nas ruas das cidades, o que impressiona são os relatos do abandono e apreensão de grandes felinos como leões, onças e tigres encontrados com várias marcas de agressão e maus tratos como cicatrizes, dentes ou garras extraídas, emagrecimento, atrofia muscular e artroses por falta de locomoção (porque ficam presos em jaulas muito pequenas) e agressividade em excesso. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – órgão responsável pela fiscalização desses animais) já reúne hoje mais de 100 leões que estavam sob maus tratos. Parte deles são enviados a entidades como o Rancho dos Gnomos, uma associação que se ocupa em cuidar desses animais.

Animais devem ser tratados com dignidade. Isso não significa que devem ser tratados como “gente" - ao contrário: animal tem que ser tratado como animal, respeitando seu habitat, alimentação e manejo. Mas nada disso nos impede de oferecer muito carinho, confiança e amizade (e tudo isso eles sabem retribuir muito bem).

Cada um deve fazer a sua parte para que exista uma conscientização coletiva sobre a importância de zelar pelos animais. Não é fácil cuidar de um animal de estimação, por isso temos que pensar muito bem antes de adquirir um deles para depois não joga-los na rua sem um mínimo de piedade e dignidade. E já os que trabalham com animais, e tem autorização para isso, devem mantê-los em recintos apropriados proporcionando um mínimo de qualidade de vida, inclusive respeitando horas de trabalho digno, e atividades extras para afastar o estresse de alguns animais que estão fora de seu habitat natural.

Veja mais sobre o Rancho dos Gnomos:
http://www.ranchodosgnomos.org.br/