Sabemos que a dermatite atópica não tem cura e causa uma perda enorme da qualidade de vida do cão e de toda a família, indiretamente, por causa do grande prurido (coceira) que não tem fim.
Temos uma evolução da doença com o passar do tempo e esse prurido só tende a aumentar.
Já sabemos também que a atopia pode ser hereditária e algumas raças são predispostas, como por exemplo, o Shih tzu e o West H. W. Terrier. Normalmente começa a se manifestar entre 7 meses e 24 meses de idade, em media.
O diagnóstico é clínico e por exclusão; requer muita prática e experiência em dermatologia veterinária por parte do clínico.
Banhos terapêuticos, vitaminas para pele e pelagem, medicação para infecções secundárias, seja bacterianas ou fúngicas, alimentações especiais e controles de manejo e ectoparasitas são feitos, porém o prurido só melhora bastante com um antialérgico que trás muitos efeitos colaterais a longo prazo, inclusive podendo causar doenças graves como a Diabetes, por exemplo.
Hoje em dia temos na industria farmacêutica veterinária uma medicação que controla muito bem o prurido e com muito menos efeitos colaterais para o paciente, porém deve ser usada de forma correta e com acompanhamento veterinário. A maioria dos cães atópicos vem apresentando boas respostas; outros infelizmente não. O uso errado pode trazer danos aos cães.
Ao meu ver, essa medicação só pode ser usada após um diagnóstico muito bem feito de atopia. Infelizmente está sendo usada erroneamente por colegas, práticos e leigos.
Dar opinião é fácil, todos dão; assumir a responsabilidade é difícil, ninguém quer. Fica a dica. Consulte sempre seu veterinário de confiança.
GiroVeterinário
segunda-feira, 8 de abril de 2019
quarta-feira, 6 de março de 2019
Leishmaniose canina - novidades?
Não estamos em região endêmica desta grave doença, mas já aparecem casos isolados com diagnóstico fechado.
A Leishmaniose, transmitida pelo 'mosquito palha' é uma zoonose e pode acometer gatos também. A transmissão é sempre feita pelo mosquito.
Conhecemos a doença cutânea e visceral; os sintomas são muito variados, desde lesões na pele até falta de apetite, emagrecimento, apatia e morte.
O diagnóstico é feito pela sorologia ou exames diretos das lesões cutâneas.
Antes a eutanásia e notificação ao ministério da agricultura era obrigatória. Hoje o tratamento é permitido. Por que as dúvidas? Porque a grande preocupação é de o animal tratado ser portador assintomático e continuar transmitindo a doença. Isso ainda gera muitas dúvidas e discussões.
Para prevenção temos a vacinação e coleiras que repelem o mosquito palha. Já fiz muito a vacinação, porém não gosto dos efeitos colaterais e ainda tenho algumas dúvidas sobre a eficácia. Sou a favor de uma coleira específica de marca x que recomendo aos meus pacientes, que inclusive ajuda muito bem também no controle de pulgas e carrapatos.
Espero que gostem do post!
A Leishmaniose, transmitida pelo 'mosquito palha' é uma zoonose e pode acometer gatos também. A transmissão é sempre feita pelo mosquito.
Conhecemos a doença cutânea e visceral; os sintomas são muito variados, desde lesões na pele até falta de apetite, emagrecimento, apatia e morte.
O diagnóstico é feito pela sorologia ou exames diretos das lesões cutâneas.
Antes a eutanásia e notificação ao ministério da agricultura era obrigatória. Hoje o tratamento é permitido. Por que as dúvidas? Porque a grande preocupação é de o animal tratado ser portador assintomático e continuar transmitindo a doença. Isso ainda gera muitas dúvidas e discussões.
Para prevenção temos a vacinação e coleiras que repelem o mosquito palha. Já fiz muito a vacinação, porém não gosto dos efeitos colaterais e ainda tenho algumas dúvidas sobre a eficácia. Sou a favor de uma coleira específica de marca x que recomendo aos meus pacientes, que inclusive ajuda muito bem também no controle de pulgas e carrapatos.
Espero que gostem do post!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
2019 - o ano do Retorno ao blog
Quero em primeiro lugar desejar um Feliz 2019 a todos leitores e seus pets!
Este ano estarei de volta com pelo menos uma postagem quinzenal ou mensal.
Em breve, novas postagens!
Abraços
Este ano estarei de volta com pelo menos uma postagem quinzenal ou mensal.
Em breve, novas postagens!
Abraços
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Manejo alimentar de cães
Hoje vamos falar um pouco sobre alimentação dos cães e seu manejo - Alimentar com o que? Que quantidade, frequência? etc.
Há uma grande discussão entre colegas veterinários sobre os cães serem carnívoros ou onívoros, mas não vou entrar nesse mérito, pois é um assunto que vai longe demais.
Na minha opinião, resumidamente, cães necessitam de proteínas, carboidratos, lipídeos (gorduras) e complementos de minerais e vitaminas.
Uma ração de qualidade contém tudo relatado acima e bem balanceado. Essa é uma forma de alimentação canina.
Outra forma é a comida caseira, como por exemplo, arroz, carne (frango, carne bovina, peixe) e legumes. Normalmente precisamos entrar com suplementos de vitaminas e minerais. Lembrar que deve ser feita própria para o cão, sem temperos. Seu veterinário de confiança poderá orientar mais detalhes.
Existem também alimentação natural industrializada, balanceada e vendida congelada. Essa forma de alimentação é mais recente e não tenho muita experiência com meus pacientes.
A alimentação dos filhotes necessita de mais proteína e cálcio, principalmente por causa da fase de crescimento. Existem rações específicas para filhotes, inclusive diferenciando necessidades para raças pequenas, médias e grandes. Já na alimentação caseira, consulte seu veterinário de confiança para orientar a mudança para os filhotes.
A Alimentação para filhotes pós desmame deve ser oferecida 4x ao dia até os 4 meses de idade, na minha opinião. Após isso, 3x ao dia até 1 ano de idade. Adultos devem comer 2 ou 3x ao dia. Eu prefiro que os cães adultos comam, quando possível, 3x ao dia, principalmente os de raças grandes e gigantes, prevenindo uma doença praticamente fatal chamada 'torção de estômago'. Lembrar que a quantidade diária é sempre a mesma, recomendada na embalagem da ração ou pelo veterinário do cão.
O ideal é utilizar comedouros de alumínio, limpos, sem resíduos e na altura da cabeça do cão, principalmente nas raças grandes e gigantes.
Evitar atividades físicas, caminhadas e brincadeiras após a alimentação. Isso também é fundamental nas raças grandes e gigantes.
Cães com muita energia ou cães atletas necessitam de uma alimentação com mais calorias.
Cães idosos ou obesos, por exemplo, também necessitam alimentação específica e diferenciada.
Tenha sempre um veterinário de confiança para orientar sobre tudo isso e muito mais na rotina de seus cães.
Lembrar que água fresca tem que estar sempre à disposição dos cães.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Manejo de felinos domésticos (gatos)
Com a vida moderna, muitas pessoas estão morando em casas ou apartamentos pequenos e ficam fora de casa grande parte do dia. Assim também pode surgir a ideia de ter gatos como animais de estimação.
Os gatos domésticos são animais tranquilos e se adaptam super bem à vida moderna que citamos acima. São bem menos ativos que os cães e se adaptam melhor em ambientes menores e com menos gente durante o dia. Na minha opinião, dão menos trabalho que os cães e não necessitam de uma educação tão rígida. Quando me refiro ao trabalho, digo higiene pessoal, higiene de ambiente, atenção, passeios e 'destruição da casa'.
Dois gatos, mesmo de idades distintas, convivem bem juntos. Na verdade, recomendo, pois um faz companhia para o outro.
A adaptação no novo ambiente é fácil e rápido; não requer muitos esforços por ambas as partes, inclusive quando já se tem outro gato em casa.
A alimentação, a ração, pode ficar à vontade em ambiente interno da casa e eles vão comendo no decorrer do dia. Não são gulosos e 'devoradores' como os cães. Muitos gatos gostam de comer em um local mais alto que o chão, pois se sentem mais seguros. A água sempre fresca e à vontade. Uma dica: gatos gostam de água corrente (existem produtos para tal finalidade no mercado pet).
Quanto às necessidades, eles urinam e defecam em caixas com areia específica. Essas caixas são chamadas de liteira. A areia absorve a urina e os próprios gatos escondem as fezes com essa areia, deixando tudo mais limpo e com menos odor ruim. O próprio instinto do gato faz eles usarem a areia para fazer as necessidades fisiológicas. Dificilmente eles erram.
Os felinos domésticos adoram dormir dentro de caminhas fechadas ou caixas bem fechadas, pois eles se sentem seguros e aconchegados.
Gatos tem o habito noturno e costumam brincar e passear pela casa durante parte da noite, mas às vezes se acostumam com a rotina da casa e dormem a noite toda.
Gatos afiam as unhas, portanto, se não tiverem um árvore ou arranhadores para isso, vão arranhar mesas, sofás etc. Fica a dica.
Outra dica importante é a colocação de redes ou telas apropriadas nas janelas e varandas, principalmente em apartamentos. E claro, não permitir que seu gato tenha acesso à rua.
Outra dica importante é a colocação de redes ou telas apropriadas nas janelas e varandas, principalmente em apartamentos. E claro, não permitir que seu gato tenha acesso à rua.
Normalmente tem uma boa saúde. Recomendo ter um veterinário de confiança desde filhote, principalmente para orientar e fazer uma medicina preventiva, evitando o aparecimento de algumas doenças no decorrer da vida deles.
Quero um gato, o que fazer? Você pode adotar um filhote ou um adulto abandonado. Ou pode adquirir um filhote de determinada raça em um gatil de qualidade. Ambos vão trazer muita alegria e companhia.
Espero que tenham gostado do post. Para mais detalhes conversem com um veterinário de confiança ou indicado por alguém. Com certeza ele vai lhe ajudar desde a aquisição e escolha do novo membro da família.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Hipertermia em cães - um mal do calor
A Hipertermia é o aumento da temperatura corporal de forma brusca, resultando danos graves ao cão, inclusive óbito, caso não seja revertido o quadro.
O cão troca calor apenas pela boca e as vias respiratórias funcionam como se fossem um aparelho refrigerador, eliminando o ar quente e absorvendo o ar natural.
Cães que tem o focinho curto, chamados de braquicefálicos, são os mais predispostos a este mal. São eles: Bulldog Inglês, Bulldog Francês, Pug, Shih Tzu, Boston Terrier etc.
Deixar o cão preso em ambiente quente e sem ventilação e fazer passeios nos horários de pico do sol podem causar este mal. Excessos de exercício e estresse também. Todo cuidado é pouco.
Os principais sintomas são ofegancia exagerada, corpo extremamente quente e corpo mole (o cão fica largado).
Em caso de desconfiança do quadro, manter o animal ventilado, resfriado e em local fresco. Procurar um veterinário urgente.
E para terminar este post, conto com a colaboração de uma amiga, especialista em comportamento animal, que vai nos deixar ótimas dicas sobre passeios e manejo adequado que ajudam a prevenir esse mal.
"Cães adoram passear!!!!
Além de atividade física, o passeio dá ao cão a possibilidade de desenvolver diversas funções cognitivas e sensoriais através do ato de cheirar árvores, postes, outros animais e pessoas, aumentando assim seu repertório de conhecimento do mundo e favorecendo a socialização do peludo.
Os outros sentidos do cão, como audição, visão e tato também são enriquecidos e passear com o seu tutor fortalece o vinculo e a comunicação entre eles. Nada mais gostoso que um domingo de sol e um belo passeio!!!
Para que tudo dê certo nessa aventura, alguns cuidados são necessários como, por exemplo, coleira e guia apropriadas ao tamanho e formato do corpo e que sejam seguras, além de anti-parasitários em dia!!!
No verão, o mais importante é evitar saídas quando está muito quente e com o sol a pino. Cães sentem mais calor que humanos, não usam tênis para proteger as patas e transpiram apenas pela língua. Isso significa que em horários em que o sol está mais alto, o passeio deixa de ser prazeroso e torna-se uma verdadeira tortura para o cachorro. Portanto, em dias muito quentes, o ideal é passear bem cedo ou no inicio da noite, quando o calor é menor e o chão está fresco, assim ele poderá aproveitar tudo o que o passeio tem a oferecer de bom!!!"
Annelisa Faccin
Consultora Comportamental
http://www.morumbidaycare.com.br
Espero que tenham gostado do post e não esqueçam de manter sempre água fresca em abundância para seu cão no verão.
http://www.morumbidaycare.com.br
Espero que tenham gostado do post e não esqueçam de manter sempre água fresca em abundância para seu cão no verão.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
'Hot Spot' em cães - O que é isso?
'Hot Spot' é uma expressão usada na dermatologia veterinária para se referir à doença Dermatite Úmida Aguda, que é uma lesão bacteriana de pele, normalmente localizada, consequente, na sua maioria, de traumas causados pelos próprios cães, como coceira e lambedura.
Esses traumas podem ser consequências de diversas doenças ou condições, como por exemplo, dermatites alérgicas, pulgas, carrapatos, piolhos, umidade na pele, escabiose, otites etc.
Cães de pelagem longa ou sub-pêlo denso e fechado são mais predispostos, porém pode acometer todas as raças e tipos de pelagem. Na minha rotina clínica, vejo muito em Goldens, Labradores, Rottweilers e Pastores.
A lesão costuma começar pequena e vai aumentando rapidamente. O aspecto dela é bem eritematoso (avermelhado) e úmido. Pode drenar bastante secreção purulenta e/ou estar coberta por uma crosta. 'Hot Spot' vem daí, pois significa em português 'Ponto Quente'.
O tratamento é instituído pelo médico veterinário após a avaliação do cão. Pode ser oral e/ou tópico.
Quanto à prevenção, cabe citar o seguinte: Controlar pulga e carrapato (ectoparasitas), manter a higiene dos ouvidos, evitar umidade na pelagem do cão e cuidado com excesso de banhos (lembrar que muitas vezes uma boa escovação vale mais que um banho). Todos esses cuidados podem ser orientados por um veterinário de confiança. Não esqueçam que consultas de rotina são fundamentais para a saúde do seu cão.
E, para finalizar, sempre que aparecer qualquer lesão ou anomalia na pele e/ou pelagem do seu cão, seja coceira, falta de pêlos etc, procure um veterinário de confiança que atenda dermatologia.
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